Felipe Lopes lançou o livro “Conto e Reconto” no final de 2019 pela Editora Versos em Cantos.
A proposta do livro é bem direta — dialogar com clássicos da literatura universal.
Tal diálogo se dá em duas direções. A primeira delas é explícita. O autor se alimenta do imaginário coletivo construído a partir de histórias infantis para promover suas narrativas problematizadoras, com forte peso psicológico e social.
A segunda direção encontra-se imanente no texto, no nível da linguagem.
Percebe-se durante a leitura o “sabor” textual de um leitor de literatura contemporânea, com referências claras em torno da obra de Clarisse Lispector e Guimarães Rosa.
A primeira parte do livro nos traz uma série de contos contextualizados na memória de diversas prosas clássicas do imaginário infantil. Contos como “Cachos Desdourados”, “A Hora da Formiga”, “Fera”, entre outros, já nos antecipam esta conversa com nossas lembranças remotas. Porém, os contos servem apenas como motivo para levar o autor a construir — ou seria desconstruir? — retratos sociais e psicológicos problematizadores.
O livro em si é espetacular. E em se tratando de um livro de estreia, nos presenteia com a expectativa de coisas grandiosas logo mais adiante.
O vídeo abaixo foi gravado logo escrever estas pequenas reflexões. Nele falo um pouco sobre o conto “O Feijão e as Nuvens”. Fica o convite para acompanhar a conversa.
Se gostar, fica o convite para acompanhar o Felipe Lopes nas redes sociais.
O livro está à venda diretamente com o autor ou na loja da Editora Versos em Cantos.
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